Migração de sistemas legados para cloud

Desafios, estratégias e benefícios

A progressão das infraestruturas de TI tem se tornado uma prioridade para empresas que desejam se manter competitivas em um mercado cada vez mais dinâmico e tecnológico.

Logo, os sistemas legados, geralmente, apresentam empecilhos que dificultam a inovação e a agilidade necessárias no ambiente de negócios atual. A migração deles para a nuvem surge como uma solução eficiente para superar essas limitações, concedendo uma série de pontos positivos estratégicos e operacionais.

Neste artigo, abordaremos a importância do diagnóstico e análise pré-migração, a definição de custos envolvidos, os motivadores que levam organizações a optarem por essa transição e as vantagens que podem ser alcançadas. Acompanhe a leitura!

O que é migração?

Refere-se ao processo de transferir dados ou aplicações de um ambiente para outro. Esse procedimento envolve a transição de um sistema local para a cloud, a atualização de um software para uma versão mais recente, ou até a troca de uma aplicação antiquada por uma plataforma moderna.

Logo, a migração é um passo essencial para assegurar a continuação da operação de maneira efetiva e segura em um mundo onde a tecnologia está em constante evolução.

Por exemplo, imagine que você está mudando de uma casa antiga para um apartamento novo. Toda a tarefa de empacotar seus pertences, transportá-los e organizá-los no espaço atual é comparado ao deslocamento de uma solução.

Assim como na mudança de mobília, a migração de softwares exige planejamento, cuidado e, às vezes, adaptações para que tudo funcione corretamente no ambiente vigente.

Estratégias de migração de sistemas legados

Existem algumas técnicas para migrar plataformas legadas para a cloud, cada uma adequada a diferentes cenários e necessidades. Entre as principais estão:

  • 1- Lift-and-Shift

    Nessa estratégia, o programa antigo é movido para a cloud sem modificações significativas em sua arquitetura. É uma abordagem rápida e de menor custo, ideal para empresas que querem progredir rapidamente sua estrutura de suporte.

    Desse modo, utilizando o exemplo acima explicado, referente ao deslocamento de imóvel, o lift-and-shift seria o equivalente a embalar tudo como está e levar para o endereço corrente.

  • 2- Replatforming

    Aqui, o software é ajustado para aproveitar melhor os recursos da cloud, mas sem grandes alterações em seu código, incluindo a transferência de bancos de dados para serviços gerenciados na nuvem.

    Por exemplo, o replatforming seria como aproveitar a transferência de local para organizar melhor os móveis, baseado no exemplo citado.

  • 3- Refactoring

    Nesse caso, ela envolve a reestruturação do programa para tirar proveito total das capacidades da cloud. Embora seja a mais complexa e custosa, disponibiliza maior flexibilidade e performance.

    No caso do realojamento, o refactoring seria como reformar completamente a casa nova para torná-la mais eficaz e funcional.

Diagnóstico e análise

Antes de iniciar a migração, é essencial realizar uma avaliação detalhada do sistema obsoleto.

O primeiro passo é verificar se ele é compatível com a infraestrutura da cloud. Isso compreende analisar o software e hardware existentes, bem como a arquitetura da solução, para identificar qualquer incompatibilidade que possa exigir modificações ou adaptações.

Depois disso, é fundamental identificar os possíveis gargalos de desempenho que têm potencial para afetar a operação do sistema na nuvem. Eles englobam limitações de processamento ou capacidade de armazenamento em nuvem que, se não forem abordadas, são capazes de comprometer a eficiência do software após a migração.

Por conseguinte, realizar um mapeamento de dependências que o sistema antigo possui é um passo que garante que todas elas sejam consideradas durante a transferência, evitando interrupções inesperadas.

Assim, é preciso considerar o impacto deste procedimento nas operações do dia a dia, como a transição afetará a produtividade da equipe, o tempo de inatividade da aplicação e a continuidade dos processos de negócios. Um plano detalhado deve ser desenvolvido para minimizar algum impacto negativo.

Definição de custos

A análise de custo-benefício é importante para assegurar que a migração traga retorno sobre o investimento. É importante lembrar que, embora ela possa exigir um investimento inicial significativo, os benefícios a longo prazo, como a redução de gastos operacionais e o aumento da agilidade, geralmente compensam.

Para ilustrar, quando você decide trocar de carro, não considera apenas o preço de compra, mas também as despesas de manutenção, seguro e consumo de combustível ao longo dos anos.

Logo, devemos considerar vários aspectos financeiros para garantir que o investimento seja justificável e favorável a longo prazo:

  • Custos diretos: esses englobam despesas com licenças de software, recursos de nuvem e a infraestrutura necessária para suportar a solução na nova plataforma. Também há custos associados à aquisição de softwares modernos ou ferramentas necessárias para a transição;
  • Custos indiretos: esses seriam relacionados ao treinamento de equipe para gerenciar e operar a nova solução, bem como possíveis interrupções nas operações durante o processo, horas de trabalho extras, consultorias especializadas e ajustes no planejamento das operações.

Dessa forma, por meio de um planejamento financeiro, é possível acompanhar as despesas ao longo do procedimento de migração e atestar que não haja surpresas, contendo tanto os gastos previstos quanto uma reserva para despesas imprevistas.

Motivadores para migração

A modernização de aplicações é uma abordagem estratégica que visa atualizar e otimizar essas plataformas para melhor atender às necessidades contemporâneas do mercado e da tecnologia.

Embora esse serviço ainda esteja sendo desenhado, é essencial reconhecer a importância dessa abordagem e como ela é capaz de complementar a migração para a nuvem, garantindo uma instalação tecnológica que esteja alinhada com os objetivos de negócios e as exigências do futuro.

Imagine uma organização que possui um software de gerenciamento de clientes desenvolvido há 20 anos. Embora ele tenha sido eficaz no passado, o mesmo é capaz de não suportar novas funcionalidades, como análises avançadas e integração com plataformas modernas de marketing.

Ao evoluir a plataforma, o local consegue incorporar novas ferramentas e tecnologias, aperfeiçoar a experiência do usuário e, ao mesmo tempo, reduzir os encargos de manutenção e suporte.

Desse modo, vejamos os motivos que levam uma corporação a considerar a migração de soluções antigas para a nuvem. Entre os principais estão:

  • Modernização tecnológica: a cloud oferece funcionalidades avançadas que muitas vezes não estão disponíveis em programas legados, como escalabilidade, segurança cibernética aprimorada e integração com novas tecnologias;
  • Redução de custos: ela permite a eliminação de gastos com ajustes de hardware e licenças de software, além de disponibilizar um modelo de pagamento por uso;
  • Agilidade: com ela, é possível lançar produtos contemporâneos e serviços mais rapidamente, respondendo de forma ágil às mudanças do mercado.

Ou seja, assim como trocar um carro antigo por um modelo mais novo com melhor consumo de combustível e maior proteção, o deslocamento para a nuvem expande a estrutura de suporte da companhia, tornando-a mais poderosa e preparada para o futuro.

Benefícios da migração

A migração de plataformas legadas para o ambiente virtual traz uma série de pontos positivos, entre os quais se destacam:

  • 1- Escalabilidade

    A nuvem permite aumentar ou reduzir os módulos conforme as necessidades do negócio, sem precisar de grandes investimentos em infraestrutura física.

    Assim, uma empresa que experimenta picos sazonais de demanda pode aumentar os recursos de seu sistema de maneira temporária, assegurando que o desempenho não seja comprometido durante esses períodos críticos.

    Após a demanda reduzir, esses recursos podem ser ajustados de volta, evitando custos desnecessários.

  • 2- Segurança

    Os provedores dos serviços em nuvem investem pesado em cibersegurança, garantindo que os ativos digitais estejam protegidos contra ameaças e ataques, utilizando técnicas como criptografia avançada, firewalls inteligentes, detecção de intrusões e monitoramento em tempo real.

    Esses investimentos garantem um nível de proteção que muitas vezes é difícil de alcançar em ambientes legados tradicionais, onde a manutenção de um padrão elevado de segurança pode ser mais cara e complexa.

  • 3- Flexibilidade

    Com a cloud, é possível acessar os sistemas de qualquer lugar e em qualquer dispositivo, facilitando o trabalho remoto e a colaboração entre equipes.

    Imagine uma empresa de consultoria cujos colaboradores frequentemente visitam clientes ou trabalham em diferentes locais; com a flexibilidade oferecida pela nuvem, esses profissionais podem acessar documentos, sistemas e dados em tempo real, sem precisarem estar fisicamente presentes em um escritório.

    Isso aumenta a eficiência e garante que o trabalho continue fluindo independentemente das circunstâncias geográficas.

  • 4- Atualizações automáticas

    Com a transição de aplicações, as atualizações e patches de defesa são frequentemente gerenciados pelo provedor, garantindo que a solução esteja sempre atualizado com as últimas melhorias e correções, dispensando a intervenção manual.

    Esse procedimento garante que os sistemas estejam sempre atualizados com as últimas inovações tecnológicas e protegidos contra novas ameaças.

    Pense em um cenário que, uma organização financeira que dependa de um software para gerenciar transações pode ter a certeza de que todas as atualizações críticas são aplicadas sem atrasos, reduzindo riscos e mantendo a conformidade com regulações.

  • 5- Desempenho aprimorado

    Ela concede acesso a funcionalidades computacionais avançados e otimizados, o que pode melhorar a performance das aplicações e rotinas, proporcionando uma experiência mais rápida e efetiva para os usuários finais.

    Dessa forma, os aplicativos e sistemas conseguem operar mais rapidamente e de forma mais eficiente, proporcionando uma experiência otimizada para os usuários finais.

    Um sistema de e-commerce na nuvem, por exemplo, é capaz de lidar com grandes volumes de tráfego durante uma promoção (como os dias de black friday) sem experimentar lentidão, assegurando uma experiência de compra fluida para os clientes.

  • 6- Recuperação de desastres

    O deslocamento facilita a implementação de técnicas de recuperação de desastres, permitindo a criação de backups automáticos e a recuperação rápida de ativos em caso de falhas ou perda de informações, minimizando o impacto de possíveis interrupções.

    Nesse contexto, uma empresa de software que armazena dados de clientes e informações de desenvolvimento pode usar a recuperação em nuvem para rapidamente restaurar suas operações após um ataque de ransomware, minimizando a perda de dados e reduzindo o tempo de inatividade.

    Concomitantemente, a realocação para a nuvem pode ser comparada a trocar de plano de telefonia. Um plano antigo possui limites rígidos e ser caro, enquanto um plano mais moderno oferece flexibilidade para ajustar os módulos conforme suas demandas, com mais segurança e vantagens.

Em resumo, a migração de plataformas legadas para o ambiente virtual não é apenas uma tendência, mas uma exigência para organizações que pretendem permanecer relevantes e competitivas no cenário atual.

Ao adotar métodos bem definidos, realizar um estudo detalhado e entender os custos e vantagens envolvidas, elas possuem potencial para transformar suas aplicações antigas em plataformas modernas e ágeis.

Além disso, elas ganham a capacidade de inovar, responder rapidamente às transformações do mercado e apresentar serviços de maior qualidade aos seus clientes.

Está considerando migrar seus sistemas legados? Confira este guia completo que detalha as melhores práticas para fazer essa transição de forma eficiente e segura.