Durante a conferência “O Futuro do Trabalho”, o Managing Director da Claranet Portugal falou das vantagens e dos desafios que um cenário misto de trabalho físico e remoto apresenta às empresas.
O processo de transformação digital à pressa operado pelas empresas nos últimos meses permitiu perceber a importância que a tecnologia desempenha nos processos de trabalho remoto.
Mas deixou também visíveis alguns dos desafios que as organizações terão de ultrapassar para potenciar esta nova forma de trabalho e contexto misto - à distância e no escritório – sobretudo ao nível da sensibilização dos gestores e dos colaboradores para usar em pleno as ferramentas digitais à sua disposição.
No âmbito do painel “A Tecnologia e o Trabalho”, inserido na conferência sobre O Futuro do Trabalho, organizado pela revista Exame, António Miguel Ferreira explicou que, na altura do confinamento, a maioria das empresas já tinham à sua disposição ferramentas de colaboração. No entanto, a maioria não as usava para além do email e do arquivo de documentos, desaproveitando o seu potencial para aumentar a produtividade.
A formação como resposta
A formação surge assim como a peça essencial para dar continuidade ao processo de transformação digital nas organizações: por um lado, para que os colaboradores saibam aproveitar todas as capacidades dessas ferramentas digitais; e por outro lado, de forma a enfrentar os desafios de cibersegurança colocados com o aumento da exposição das pessoas através do trabalho remoto.
Não basta ter um computador e uma ligação à Internet; é preciso saber utilizar as ferramentas de forma a termos melhor produtividade e um trabalho mais eficiente.
António Miguel Ferreira considera que tem de partir da gestão das empresas a definição do digital como valor central do seu negócio. E que a aposta na formação depende muito da sensibilidade da atual geração de gestores das empresas, “que aprendeu e viveu muito anos com processos que não são digitais”.
O Managing Director da Claranet defende que a chegada dos atuais nativos digitais à gestão das empresas poderá aumentar essa sensibilidade para o digital, embora a formação seja sempre essencial para aproveitar o que as ferramentas oferecem:
Há também uma camada mais jovem que nem sempre está capacitada para usar da melhor forma as ferramentas colaborativas, para além daquilo que são as ferramentas normais do telemóvel, mais pessoais e mais imediatas.
O Futuro do trabalho
O trabalho no futuro próximo passa assim por um cenário híbrido, no qual os colaboradores estarão a trabalhar a partir de casa, deslocando-se sempre que necessário ao escritório.
António Miguel Ferreira admite que “o mito da desconfiança em relação ao teletrabalho acabou” e que a tecnologia ajudou a essa mudança, dando como exemplo a receita que foi aplicada na Claranet no próprio processo de passagem para trabalho remoto:
Na Claranet, tivemos um aumento de produtividade bastante grande. As pessoas são autónomas e são responsáveis quando são autónomas. O importante é o que produzem e não a quantidade de horas que demoram a produzir.
Pode visionar na íntegra a partilha de ideias durante o painel "A Tecnologia e o Trabalho" no Facebook da EXAME.