O Executive Director da Claranet Portugal analisou um possível “efeito bolha” das tecnológicas a nível global e conclui que o mercado está longe de uma implosão.
Alexandre Ruas
Executive Director - Claranet Portugal
Muitos analistas económicos estão a augurar um “efeito de bolha” no setor das tecnológicas, que poderá resultar num cenário semelhante à queda das dot-com ocorrido em 2000. As razões prendem-se sobretudo com a incapacidade de as empresas de TI se reinventarem ou escalarem modelos de negócio, com a elevada rotatividade dos clientes e pela dificuldade em contratar e reter talento.
Alexandre Ruas reconhece todos estes desafios e refere outros constrangimentos atuais do mercado – insustentabilidade das start-ups, queda do valor das criptomoedas, inflação, guerra, cibersegurança ou escassez de semicondutores, por exemplo -, mas recusa que as tecnológicas estejam sequer a caminho da implosão.
Podemos assumir que estamos a assistir a uma correção, ou ajuste de mercado, perante um momento muito particular em que vivemos, ou que estamos mesmo perante um momento de impasse.
Para justificar esta afirmação, o Executive Director da Claranet avança com três cenários decisivos: olhando para ranking global das maiores empresas por Market Cap, seis das oito primeiras posições são ocupadas por empresas de base tecnológica; o investimento em TIC continuará a crescer em 2023, aproximando-se, pela primeira vez, dos seis triliões de dólares (7% do PIB Mundial); e a digitalização foi uma das grandes respostas aos desafios impostos pela pandemia, o que gerou um crescimento no mercado das TI num período em que o PIB mundial caiu.
Na opinião de Alexandre Ruas, “a tecnologia e as tecnológicas encontrarão respostas aos seus desafios momentâneos, mais ou menos estruturais”, ao mesmo tempo que “continuarão a fazer parte das soluções futuras de um mundo que se quer mais sustentável em todas as áreas.”
in Tek Sapo