Rui Caeiro, Business Development Manager - Claranet Portugal
Durante uma mesa-redonda sobre Multicloud e plataformas híbridas promovida pela revista IT Channel, Rui Caeiro, Business Developer Manager na Claranet Portugal, defendeu o papel dos parceiros tecnológicos no apoio à escolha da melhor solução de Cloud para as organizações.
2021 representou um aumento da especialização do mercado de Cloud, como resposta às diferentes necessidades das organizações de várias dimensões, geradas em grande medida por novos contextos operacionais e por um mercado cada vez mais global.
Com as novas soluções de Cloud surgiram novas oportunidades para as empresas apoiarem os seus negócios nas TI, mas também novos desafios associados à escolha das melhores opções tecnológicas – a nível de funcionamento e da rentabilização do investimento.
Rui Caeiro, Business Developer Manager na Claranet Portugal, refere que a Cloud é hoje uma opção analisada pelas organizações lado a lado com qualquer outra opção a nível de arquitetura de IT, independentemente da sua dimensão e dos orçamentos de TI disponíveis. E que esta situação reflete a importância crescente deste tipo de soluções tecnológicas.
A flexibilidade é o mote da Cloud. O time-to-market é muito mais rápido face a empresas que tentaram moldar a sua infraestrutura mais tradicional com os meios que tinham disponíveis.
Em relação a esta flexibilidade, Rui Caeiro reforça a importância do conceito de Cloud híbrida e fala num novo paradigma de adoção, que privilegia a conjugação de várias soluções, em detrimento de uma única arquitetura de Cloud.
“Não temos de analisar um cenário em detrimento do outro; temos é de combinar os dois mundos, criar uma simbiose e a expressão cloud híbrida é exatamente isso: uma simbiose entre os dois mundos” – acrescenta.
O melhor de dois mundos
Para o Business Developer Manager na Claranet, a real adoção da Cloud significa hoje tocar em diversos tópicos, transversais ao funcionamento de uma organização, que passam pelas metodologias DevOps, pela segurança e por um conjunto de microserviços assentes nessas plataformas.
Deste modo, o grande desafio passa por fazer o retraining de toda a competência interna numa organização, em termos da sua estrutura de IT, de modo a tirar partido das novas ferramentas, das novas formas de gestão e operação das infraestruturas, bem como das capacidades de gerir os custos com a tecnologia.
“No campo da previsibilidade de custos, é claramente um desafio, e o que vemos é uma preocupação muito grande por parte dos clientes” – refere Rui Caeiro, explicando que essa é uma das principais razões pelas quais as organizações procuram um Parceiro de confiança, para os ajudar a fazer esse controlo.
Outro dos desafios passa pela escolha de um ou mais fornecedores de plataformas e serviços de Cloud, bem como pela forma como as organizações podem tirar partido de uma espécie de “best of breed” tecnológico.
[As organizações] podem ir para um determinado hyperscaler porque é o best of breed em web apps, vão para outros por uma questão de analítica e de big data e vão para outros por uma questão de integração com os produtos que têm in house”.
Também neste contexto Rui Caeiro defende o papel do parceiro ou do integrador, que possa funcionar como um single point of contact quando têm uma abordagem multicloud.
Em jeito de conclusão, o representante da Claranet chama a atenção para a importância de as organizações fazerem uma transição suave para a Cloud, adequada às suas reais necessidades, de forma a atingir a propalada simbiose.
“Uma coisa é mover o álbum de fotografias da família para a cloud, para estar em segurança; outra coisa é mudar o negócio de uma organização (…). O Parceiro ou o integrador têm um papel fundamental de aconselhamento estratégico e imparcial” avança Rui Caeiro, reforçando uma mensagem simples para as organizações que pretendem fazer a transição para a Cloud: “identifiquem um use case e façam um piloto para ter essa experiência e para percecionar o valor”.