A democratização da cloud trouxe às empresas a capacidade alargada de usar ferramentas de colaboração em tempo real, sem necessidade de grandes investimentos em infraestruturas próprias. O MS Teams é a arma da Microsoft neste domínio.
O cenário caótico do vai-e-vem de documentos num processo de trabalho colaborativo, com inúmeras versões dessincronizadas a limitar a produtividade, tem os dias contados. E tudo porque uma nova geração de ferramentas fornece às empresas um hub simples de trabalho, dando aos colaboradores uma única plataforma para partilha de documentos em vários formatos, independentemente dos locais onde acedem.
Junte-se a isto a capacidade de introduzir alterações em tempo real nesses documentos, de os sincronizar em pouco segundos, bem como a interação simultânea dos intervenientes em modo vídeo, áudio e partilha de ecrã, por exemplo, e não será difícil perceber a importância que este tipo de soluções pode ter na produtividade de uma empresa.
Entre as dezenas de soluções disponíveis no mercado, o MS Teams surge como aquele cuja utilização mais está a crescer em todo o mundo. A aplicação é disponibilizada por valores bastante acessíveis, ou mesmo de forma gratuita.
No centro da transformação do Workplace
Adeus Skype, olá Teams! Dito assim poderá parecer uma abordagem redutora das capacidades desta plataforma integrada de comunicação e colaboração, mas tal como muitas aplicações Microsoft, também esta surgiu da união de vários serviços que o fabricante já disponibilizava de forma independente ou, pelo menos, mais dispersa.
O Teams tornou-se, no entanto, numa solução essencial para a transformação do Workplace. Ele agrega um conjunto de ferramentas que se encaixam nas quatro etapas de partilha de conhecimento, que promete aumentos importantes de produtividade nas empresas: Produção, Organização, Partilha e Segurança do conhecimento.
Em termos práticos, o atual leque de funcionalidades do Teams é vasto e o nível de integração prometido bastante elevado, quer com ferramentas da própria Microsoft, quer com aplicações de terceiros:
- Criação de comunidades, grupos e equipas, com diferentes níveis de acesso e possibilidade de adicionar utilizadores externos;
- Criação de canais de conversação, canais de mensagens privadas e partilha de documentos de texto e imagem, com possibilidade de adicionar cartões interativos às conversações;
- Calendarização e suporte a reuniões e tarefas até 250 participantes, com integração no MS Outlook através de plug-in e visualização do progresso;
- Videoconferência, comunicações de voz (incluindo VoIP), instant messaging, chamadas para números de telefone;
- Integração em serviços de terceiros, incluindo páginas de Facebook, Twitter, MailChimp, por exemplo;
- Integração de Apps de terceiros, como é o caso das apps do Github.
Há muito que a Microsoft ensaia produtos de produtividade que se encaixam no conceito de Workplace, mas o Teams é verdadeiramente aquele em que a empresa está a apostar para concretizar esse conceito.
Com mais de 20 milhões de utilizadores em todo o mundo, segundo a Microsoft, o Teams está integrado no Microsoft Office 365 e, apesar de poder ser usado de forma isolada, é lógica a ligação que a Microsoft promove a outras aplicações da empresa – integradas no Office e não só.
Tome nota
A criação do MS Teams esteve para não acontecer, caso a Microsoft concretizasse a pretensão de adquirir o concorrente Slack, em 2016.
Na altura, o CEO Satya Nadella e Bill Gates tinham em mente oferecer 8 mil milhões de dólares pela aplicação, mas divergências internas na Microsoft levaram a empresa a recuar na ideia e a aproveitar competências e soluções internas.
Dessas competências, bem como do aproveitamento de aplicações já existentes no seu portefólio - como o Microsoft Classroom e o Skype for Business - o Teams nasceu para fazer frente ao outrora desejado Slack.