David Grave, Cybersecurity Director da Claranet Portugal, falou dos principais desafios que envolvem a cibersegurança na atualidade e nos próximos anos, avançando com formas eficazes para os ultrapassar com êxito.
David Grave
Cybersecurity Director - Claranet Portugal
Tecnologias de Cloud, Inteligência Artificial e utilização cada vez mais criativa das técnicas de engenharia social são alguns dos “temas quentes” a cruzar-se com a cibersegurança – atualmente o setor dentro das TI com maior crescimento.
Neste contexto, a revista IT Insight realizou uma mesa-redonda sobre o presente e o futuro da cibersegurança, na qual participou o Cybersecurity Director da Claranet Portugal, David Grave.
A segurança na Cloud foi um dos temas em destaque durante o evento, com a discussão a centrar-se nas formas de as empresas mitigarem as ciberameaças. Segundo David Grave, o aumento exponencial da migração dos workloads das organizações para a Cloud, ocorrida sobretudo nos últimos dois anos, acabou por não ter a mesma evolução ao nível da quantidade de recursos especializados:
Continuamos a apoiar-nos, para a administração da Cloud, nas mesmas pessoas que já eram responsáveis pelos sistemas on premises, numa altura em que 80% dos vetores de ataque que estamos a ver, também na Cloud, são os mesmos.
Para David Grave, o desafio não está apenas nesses vetores de ataque, mas sobretudo na preparação dos especialistas para as especificidades da Cloud.
Da engenharia social à IA
Outro dos tópicos discutidos passou pela utilização de técnicas de engenharia social cada vez mais elaboradas, em ataques cada vez mais direcionados. O Cybersecurity Director da Claranet defende, a este nível, uma visão mais abrangente e inclusiva da solução, que passa pelo envolvimento diferente dos colaboradores:
Devemos ter uma perspetiva do colaborador não como o elo mais fraco, mas como um asset; a organização tem de formar para que o colaborador seja uma parte integrante da linha de defesa.
Por fim, David Grave falou da Inteligência Artificial como tecnologia que está já a impactar a cibersegurança. O representante da Claranet encara-a como uma ferramenta que os cibercriminosos usam cada vez mais para reforçar a criatividade dos ataques e surpreender as vítimas: “A inteligência artificial não vai criar nada do nada, mas vamos ver, por exemplo, o encadeamento de ataques mais sofisticados que já estão pré-programados de uma forma que não vemos até ao momento” – concluiu o Cybersecurity Director da Claranet.
in IT Insight