Em entrevista à revista Business.IT de setembro, o Senior Cybersecurity Consultant da Claranet refere que nem todas as empresas em Portugal têm consciência dos impactos negativos dos ciberataques nas suas operações.
Muitas empresas portuguesas continuam a descurar uma estratégia de cibersegurança nos seus projetos de TI, sobretudo as que possuem menos notoriedade e operam no segmento Business-2-Business (B2B), por sentirem que estão menos expostas a este tipo de ataques.
O alerta é deixado por David Grave na edição de setembro da revista Business.IT, em declarações no âmbito de um artigo de fundo sobre o impacto dos ataques de Ransomware na economia digital.
O especialista da Claranet fala em “duas velocidades” nas organizações portuguesas a este nível e, apesar de referir que várias organizações já investem na proteção do seu negócio por perceberem como os ciberataques podem afetar a sua operação e reputação, muitas empresas ainda descuram esta necessidade.
Refere David Grave:
A realidade é que o cibercrime é oportunista e, muitas vezes, é mais fácil e rentável explorar vulnerabilidades comuns, que se verificam em ambientes organizacionais semelhantes — sejam empresas conhecidas, desconhecidas, B2B ou PME — do que planear e executar um ataque deliberado a uma organização específica.
O representante da Claranet deixa o desafio para as empresas investirem ainda mais em cibersegurança de forma proativa, seguindo o exemplo das organizações onde esta questão já é discutida no C-Level e encarada como um investimento.
Existem cada vez mais empresas nacionais a investir ativamente na proteção das suas operações, da sua reputação e dos dados — seus e de clientes.