O crescimento exponencial da informação no setor financeiro torna as tecnologias de Cloud numa das soluções mais indicadas para chegar à sustentabilidade tecnológica. Nuno Sousa, Head of Business Development Financial Services da Claranet Portugal, explica como a banca o pode conseguir.
A tecnologia tem um papel ambivalente em relação à forma como pode impactar a redução das emissões de CO2: tanto pode ser responsável por um aumento significativo do consumo energético e, com isso, colocar em causa as metas para a redução das emissões (cerca de 40% até 2030); como pode ser a chave para contrariar este potencial teórico de aumento do consumo de energia – permitindo, ao mesmo tempo, poupanças significativas nos custos com a utilização dos sistemas de TI.
Num artigo de opinião publicado na edição de 11/11 do Jornal de Negócios, Nuno Sousa, Head of Business Development Financial Services da Claranet Portugal, defende que “tudo depende sobretudo da adoção de tecnologias que promovam a eficiência energética, bem como do uso de ferramentas e de processos de gestão que permitam otimizar os recursos disponíveis, sejam digitais ou humanos.”
As plataformas de Cloud estão cada vez mais no centro dessas soluções e a migração para a Cloud Pública pode mesmo contribuir a aumentar as margens operacionais e reduzir o custo total de propriedade (TCO) das infraestruturas.
Nuno Sousa concretiza:
Os serviços financeiros surgem naturalmente como um dos setores que mais impacto pode ter na sustentabilidade ambiental do Planeta e dos que mais custos pode reduzir.
Como atingir a sustentabilidade tecnológica?
O especialista da Claranet fala de quatro níveis da sustentabilidade tecnológica para as instituições financeiras atingirem “o duplo objetivo de usar a tecnologia como veículo ambientalmente sustentável, rentabilizando de forma clara e inequívoca esse investimento.”
1 - Fontes renováveis de energia
Escolha de um Cloud Provider com infraestruturas alimentadas por fontes renováveis de energia, ou que usem Créditos de Energia Renovável (REC) para neutralizar as emissões de combustíveis fósseis.
2 - Inovação e eficiência energética
Escolha de um Cloud Provider com datacenters de elevada eficiência energética, bem como com um elevado grau de inovação no desenvolvimento de soluções cada vez mais eficientes.
3 - Dimensionamento
Dimensionamento correto da infraestrutura contemplada no suporte ao negócio, com um foco estratégico em tecnologia que acelere a inovação, a agilidade e a eficiência de gestão.
4 - Otimização de workflows
Otimização dos workflows em plataformas híbridas, de forma a adequar a utilização da Cloud às reais necessidades da organização e, dessa forma, reduzir a fatura associada aos serviços contratados.
Adicionalmente, e num contexto em que a mobilidade surge cada vez mais associada ao trabalho, Nuno Sousa destaca a importância da adoção de plataformas híbridas com componentes de EDGE Computing, de forma a distribuir melhor as cargas de processamento e aumentar da eficiência energética.
Para as instituições financeiras melhorarem a rentabilização do investimento em plataformas de Cloud e híbridas, o Head of Business Development Financial Services da Claranet defende ainda uma aposta na componente de serviços sobre a Cloud. Essa aposta irá aumentar a visibilidade sobre os serviços contratados e a melhoria da gestão da utilização da infraestrutura, bem como a aplicação de metodologias como a DevOps, “que basicamente permite otimizar processos, pessoas e tecnologia.”
“Olhando para a ambivalência associada ao papel de sustentabilidade da tecnologia, podemos concluir que o potencial a contribuir para a redução das emissões de CO2 se sobrepõe aos riscos de um aumento do consumo energético” – conclui Nuno Sousa, reforçando a importância das tecnologias de Cloud na direção que o setor da banca deverá seguir para alcançar a sustentabilidade tecnológica.